O novo Neurodyn Aussie Sport é um equipamento para aplicação da EXCLUSIVA Corrente Aussie (também chamada Corrente Australiana), uma nova geração de corrente elétrica para estimulação com vantagens sobre os tradicionais métodos de estimulação.
A corrente Aussie possui duas possibilidades de frequência: 1 kHz e 4 kHz, o que permite seleção de acordo com o objetivo terapêutico, sendo 1 kHz para fortalecimento/tonificação muscular e 4 kHz para drenagem linfática e analgesia. Em relação aos Bursts, a corrente Aussie apresenta burst de curta duração (2 milissegundos na corrente de 1 KHz e 4 milissegundos na corrente de 4 kHz), de frequência variável de 1 a 120 Hz e intensidade de 1 a 180 mA.
Apresenta quatro canais de saída com controles independentes de intensidade. Possui 10 protocolos de tratamento pré-programados e 20 protocolos particulares.
Display LCD blue light maior, teclas soft touch e disposição dos parâmetros de forma diferenciada.
Acompanha exclusiva bolsa para transporte.
Acompanham o equipamento
(cód. 03019012) 1 fusível 20 AG de 5A
(cód. 03026009) 1 cartela de fusível de proteção
(cód. 03017006) 1 cabo de força
(cód. 03040003) 1 manual de operação digital
(cód. 03026087) 1 bolsa para transporte
(cód. 03044001) 1 bisnaga com gel 100g
(cód. 03026025) 8 eletrodos condutivos de borracha 5cmX5cm
(cód. 03049006) 1 cabo de eletroestimulação 2 vias – preto/laranja
(cód. 03049007) 1 cabo de eletroestimulação 2 vias – azul/verde
Características Técnicas
Bivolt 100 e 240 volts | 50 / 60 Hz.
Dimensões: 26,4cm x 26,1cm x 11,6cm (L x P x A).
Peso padrão (sem acessórios): 1,5kg.
O que é a corrente Aussie?
A corrente Aussie, também conhecida como corrente Australiana, é uma corrente elétrica terapêutica alternada com frequência na faixa de kHz com alguma semelhança em relação à terapia Interferencial e corrente Russa. A diferença está na frequência portadora da corrente de kHz utilizada, na duração dos Bursts e na forma de onda. Tradicionalmente, a Terapia Interferencial é modulada em amplitude em forma senoidal e a corrente Russa é formada a partir de Bursts com 50% de ciclo de trabalho (tempo ‘on’ e ‘off’).
A corrente Aussie apresenta burst de curta duração que faz com que a estimulação proporcionada pela Corrente Aussie seja mais eficiente em comparação às outras correntes elétricas terapêuticas.
Pesquisas de Desenvolvimento da Corrente
As pesquisas iniciais relacionadas ao desenvolvimento científico da Corrente Aussie foram feitas pelo pesquisador australiano PhD Alex Ward, da universidade de LaTrobe em Melbourne, Austrália e tiveram início em meados de 1998. O questionamento do Dr. Ward na ocasião tinha relação com os parâmetros terapêuticos utilizados por outras correntes elétricas terapêuticas já existentes como Functional Electrical Stimulation (F.E.S.), Russa, Interferencial e T.E.N.S. para estimulação sensorial e motora.
Seriam os parâmetros oferecidos pelas correntes Russa e F.E.S. os mais adequados para se conseguir a estimulação motora de forma mais eficiente, com maior produção de torque, menor desconforto e menor fadiga muscular? Em relação à estimulação sensorial, seriam os parâmetros oferecidos pelas diferentes formas de T.E.N.S. e pela terapia interferencial os ideais em relação ao nível de desconforto durante a estimulação?
Assim, Dr. Ward iniciou junto aos seus colaboradores uma série de trabalhos científicos combinando diferentes parâmetros como frequência portadora, formas de modulação da corrente elétrica e ciclos de trabalho e comparando-os com os parâmetros de correntes já existentes. Uma das primeiras publicações entitulada de Sensory, motor and pain thresholds for stimulation with mediun frequency alternating current (Arch. Phys. Med. Rehabil. 79, 273-279, 1998) sugere que para um menor desconforto durante procedimentos de estimulação elétrica frequências alternadas maiores são mais desejáveis.
Publicado em 2009, por Alex Ward e seus colaboradores, a ‘Comparison of the analgesic efficacy of medium-frequency alternating current and T.E.N.S.’, no periódico Physiotherapy (Dec; 95(4): 280-288, 2009) concluiu que a corrente Aussie é tão efetiva como o T.E.N.S. no aumento do limiar de dor em indivíduos saudáveis*.
O criador
Alex Ward, MSc, PhD, é professor associado da Universidade de La Trobe, em Melbourne, Austrália. Recebeu o grau de Bacharel em Ciências em Física na Universidade de Sydney e o grau de Mestre em Biofísica na Universidade Macquarie, antes de começar a lecionar na área de Ciências da Saúde na Universidade de Sydney.
Após vários anos ministrando aulas de Ciências da Saúde, iniciou sua pesquisa sobre agentes eletrofísicos utilizados em fisioterapia. Dr. Ward concluiu seu doutorado na Universidade de La Trobe, onde leciona e desenvolve pesquisas.
Publicou mais de 30 manuscritos revisados por pares na área de agentes eletrofísicos, além de vários livros, incluindo ‘Electricity, Fields and Waves in Therapy’ (Eletricidade, Campos e Ondas em Terapia – 3ª edição pela Science Press), sendo coautor de ‘Electrotherapy Explained’ (Eletroterapia Explicada – 4ª edição pela Elsevier), traduzido e publicado em português, coreano, polonês e grego. Sua pesquisa inclui o uso de formas de ondas eletroterapêuticas, fisiologias do nervo e do músculo e os efeitos da estimulação elétrica no sistema nervoso central.
É membro do Conselho Editorial do periódico internacional ‘Arquivos da Medicina Física e Reabilitação’ e atua regularmente como revisor para as publicações Fisioterapia, Teoria e Prática da Fisioterapia e Fisioterapia (UK). É também membro fundador da Sociedade Internacional de Agentes Eletrofísicos em Fisioterapia (ISEPA), foi recentemente reconhecido pelo Congresso Mundial de Fisioterapia (WCPT). Dr. Ward reside com sua família em Melbourne, Austrália, e fornece consultoria de rotina a fisioterapeutas, tanto localmente como internacionalmente.
Investimento em inovação
A história da Corrente Aussie no Brasil e no mundo teve início no ano de 2007 quando a IBRAMED acompanhava de perto todos os trabalhos de pesquisas realizados pelo Dr. Alex Ward. A cada publicação Dr. Ward deixava indícios de que estava por apresentar algo diferente em relação à estimulação elétrica baseado nas conclusões de suas pesquisas.
Através do contato houve a confirmação do pesquisador que a proposta era, a partir de uma série de pesquisas científicas, criar uma nova proposta para a estimulação sensorial e motora, que recebeu o nome de Corrente Aussie.
Em novembro de 2007 o presidente da IBRAMED, José Ricardo de Souza, foi para Austrália para uma reunião com o pesquisador.
A ideia era incorporar dentro da linha de reabilitação física da IBRAMED uma modalidade eletroterapêutica exclusiva e com grande poder terapêutico e com base científica totalmente fundamentada em estudos publicados em periódicos da área de reabilitação física.
O primeiro equipamento da linha IBRAMED a receber a corrente Aussie como modalidade terapêutica foi o HECCUS. Depois a corrente foi inserida no Neurodyn 10 canais, Neurodyn Rubi e agora a IBRAMED presenteia o Fisioterapeuta Desportivo com o Neurodyn Aussie Sport.
Indicações
• Prevenção ou retardo de atrofia por desuso.
• Reeducação motora.
• Aumento de torque muscular.
• Manutenção ou aumento da amplitude de movimento articular.
• Alívio sintomático da dor crônica intratável, dor aguda pós-traumática e dor aguda pós-cirúrgica.
• Relaxamento de espasmos musculares.
• Aumento da circulação sanguínea local.
Posicionamento dos Eletrodos
Patologias – Coluna
Fratura de Compressão
Mecanismo: Mais comum em T11-L2, pode estar relacionada a trauma ou osteoporose.
Sinais e Sintomas: Dor aguda com contratura da musculatura adjacente e limitação da extensão e rotação.
Espondilose/Artrose
Mecanismo: Alterações degenerativas que geralmente afetam C5-C6, C6-C7, L4-L5 em indivíduos acima de 60 anos.
Sinais e Sintomas: Evolução lenta, dor unilateral que aumenta com posturas prolongadas, aumento da dor com a extensão e diminuição com a flexão sem irradiação, diagnóstico confirmado por Raio-X com presença de osteófitos, diminuição do espaço articular e estreitamento do forame intervertebral.
Espondilólise
Mecanismo: Fratura traumática da pars ou fratura de estresse devido a extensão repetida ou sustentada, patologia encontrada em atletas jovens, secundária a trauma de repetição (salto com esqui, ginástica). Pode haver predisposição estrutural.
Sinais e Sintomas: Dor primariamente com a extensão, sinais e sintomas neurológicos intermitentes. O Raio-X oblíquo revela fratura da pars interarticularis sem deslizamento.
Espondilolistese
Mecanismo: Subluxação vertebral ou deslizamento secundário a trauma lombar de longa data. Retrolistese = não é comum, mas se apresenta com sintomas de flexão.
Sinais e Sintomas: Acometimento do nervo L5 > ciático; rigidez matinal; dificuldade de se levantar da cama; aumento da dor com extensão do tronco; controle neuromuscular pobre – processo em 2 etapas para se mover da flexão anterior para a extensão; 1° estendendo a coluna lombar e depois estendendo o quadril; deformidade em degrau palpável apenas na posição ortostática; testes de compressão e de movimento intervertebral passivo positivos; Raio-X em AP e lateral confirmam o diagnóstico.
Patologia dos Discos Lombares
Mecanismo: Geralmente é resultante de estresse repetitivo na coluna lombar através de movimentos corporais inadequados ou força excessiva posterior/lateral > lateral; mais comum entre 30-50 anos. Veja abaixo “Postura e Dor nas Discopatias Lombares”.
Sinais e Sintomas:
– Hérnia de Disco Lateral/Posterior: O 1° sinal é lombalgia que diminui lentamente e também há diminuição da dor na perna; diminuição da flexão da coluna lombar secundária a aumento da pressão sobre o disco; sinais tecais positivos (dor ao espirrar ou tossir); teste de elevação da perna estendida positivo; diminuição da lordose lombar; desvio lateral de pé que diminui deitado.
– Hérnia de Disco Lateral: Ausência de lombalgia; sintomas nos MMII consistentes com o nível da lesão; aumento da dor da posição em pé e ao deambular; diminuição da dor na posição sentado; teste de elevação da perna estendida negativo; Raio-X padrão é de pouco valor, pois apenas detectam alterações degenerativas preexistentes; RNM, TC, mielograma e discograma são usados para o diagnóstico.
Postura e Dor nas Discopatias Lombares
Postura: Inclinação Ipsilateral (atitude de dor medial)
– Dor – Herniação medial à raiz nervosa – diminuição da dor
– Dor – Herniação lateral à raiz nervosa – aumento da dor
Postura: Inclinação Contralateral (atitude de dor lateral)
– Dor – Herniação medial à raiz nervosa – aumento da dor
– Dor – Herniação lateral à raiz nervosa – diminuição da dor
Espondilite Anquilosante (Doença de Marie Stümpell)
Mecanismo: Envolve o ligamento longitudinal anterior e ossificação do disco e das articulações zigoapofisárias torácicas; mais comum entre 15 e 40 anos de idade; mais incidente em homens que em mulheres.
Sinais e Sintomas:
– Alterações posturais: Hiperextensão cervical; cifose torácica; diminuição da lordose lombar; contratura de flexão do quadril e do joelho;
– Dor noturna e diminuição da expansão das costelas;
– Aumento do VHS;
– 5 questões para rastreamento: Rigidez matinal > 30 minutos; melhora com exercício; início da dor nas costas < 40 anos; evolução lenta; sintomas acima de 3 meses (quatro ou mais respostas positivas indicam alta correlação com espondilite anquilosante).
Patologias – Cotovelo
Luxação do cotovelo (posterior)
Mecanismo: Comum em crianças e adultos jovens, decorrente de queda sobre a mão estendida.
Sinais e Sintomas: Dor, incapacidade de flexionar o cotovelo, deformidade, sensibilidade à palpação. Diagnóstico confirmado por Raio-X e é necessário descartar fratura e checar pulsos distais. Atenção para o possível desenvolvimento de miosite ossificante do músculo braquial.
Subluxação da Cabeça do Rádio
Mecanismo: Comum em crianças de 2 a 4 anos, como resultado do ato de puxar a criança pela mão ou antebraço, aplicando força de distração.
Sinais e Sintomas: A criança mantém o braço imobilizado em pronação e flexão, a cabeça do rádio é dolorosa à palpação e a criança relata desconforto no punho pelo aumento da pressão pelo deslocamento distal da cabeça do rádio. É feio Raio-X se houver suspeita de fratura. Manobra de redução: polegar na fossa cubital para servir como fulcro de apoio e executar a supinação e flexão do antebraço.
Distensão do Ligamento Colateral Medial
Mecanismo: Estiramento ou ruptura do ligamento, comum em atletas de arremesso, secundário a estresse em valgo.
Sinais e Sintomas: Trauma agudo pode ser acompanhado de um estouro, dor na palpação na linha articular medial, instabilidade em valgo. Diagnóstico confirmado por RN. É necessário descartar avulsão.
Distensão do Ligamento Colateral Medial
Mecanismo: Estiramento ou ruptura do ligamento, comum em atletas de arremesso, secundário a estresse em valgo.
Sinais e Sintomas: Trauma agudo pode ser acompanhado de um estouro, dor na palpação na linha articular medial, instabilidade em valgo. Diagnóstico confirmado por RN. É necessário descartar avulsão.
Bursite do Olécrano
Mecanismo: O popular ‘Cotovelo do Estudante’ pode resultar do trauma direto ou de atividades repetitivas do membro superior
Sinais e Sintomas: Massa bem delimitada no olécrano, que se apresenta quente, espessa e “arenosa” à palpação; diminuição da extensão do cotovelo com dor à palpação inespecífica; a RNM é utilizada para confirmação.
Fratura de Estresse/ Avulsão do Epicôndilo Medial
Mecanismo: O popular ‘Cotovelo do Jogador de Beisebol’, secundário ao movimento de arremesso repetitivo é visto em jovens com aceleração do membro superior com flexão do cotovelo e estresse em valgo.
Sinais e Sintomas: Dor progressiva e sensibilidade na palpação do epicôndilo medial. ADM limitada e teste do estresse em valgo positivo. Diagnóstico confirmado por RNM ou Raio-X.
Epicondilite Medial
Mecanismo: O popular ‘Cotovelo do Jogador de Golfe’, com início insidioso, secundário a forças repetitivas sobre o cotovelo, afeta o pronador redondo.
Sinais e Sintomas: Dor na flexão resistida do punho com desvio ulnar e/ou alongamento passivo para a extensão do punho, em supinação com desvio radial. Sensibilidade na palpação na junção músculo-tendínea proximal dos flexores e pronadores do punho. Testes passivo e de resistência positivos. RNM pode confirmar o diagnóstico e descartar fratura ou avulsão.
Epicondilite Lateral
Mecanismo: O popular ‘Cotovelo do Tenista’, por overuse ou microtraumas na musculatura lateral. Pode resultar de uma raquete de cabo pequeno, uma raquete muito dura ou pesada ou com uma área de batida pequena.
Sinais e Sintomas: Rigidez matinal, dor com a extensão resistida do cotovelo, em supinação e desvio radial ou alongamento passivo para flexão e pronação do punho em desvio ulnar. Testes de Cozen e Mill positivos, dor à palpação da junção músculo-tendínea proximal dos extensores e supinadores do punho. RNM pode confirmar o diagnóstico e descartar fratura ou avulsão.
Patologias – Joelho
Condromalácia (Síndrome Femoropatelar)
Mecanismo: Amolecimento e desgaste da cartilagem articular da patela secundários a mau alinhamento/desvio biomecânico do membro inferior e/ou fraqueza dos músculos rotadores laterais do quadril.
Sinais e Sintomas: Dor anterior no joelho em região retro e peripatelar, dor ao subir e descer escadas, crepitações, atrofia do vasto medial oblíqu, fraqueza dos músculos rotadores laterais, joelho valgo, aumento do ângulo Q do quadríceps, lateralização da patela, testes de Clarke, Fairbank, Rabot e sinal do cinema positivos. Confirmação do diagnóstico por RNM.
Subluxação da Patela
Mecanismo: Os fatores predisponentes incluem rotação lateral excessiva da tíbia, pronação, patela alta, contratura do retináculo lateral, fraqueza do quadril na rotação lateral, faceta medial da patela pequena e tróclea femoral displásica (rasa). Mais comum em meninas adolescentes com joelho valgo (aumento do ângulo Q do quadríceps e rotação femoral).
Sinais e Sintomas: A efusão imobiliza o vasto medial oblíquo, testes de golpe da patela e apreensão positivos, dor ao longo da borda medial da patela. Sentado a 90° de flexão do quadril e 90° de flexão do joelho, a patela aponta em direção superior e lateral, o paciente se queixa de falseio do joelho na perna afetada, aumento do ângulo Q do quadríceps. O Raio-X pode revelar fragmentos osteocondrais ou fratura, são necessárias várias posições radiográficas para avaliar todas as superfícies articulares.
Distenção o LCL (Ligamento Colateral Lateral)
Mecanismo: Lesão resultante do estresse em varo, levando ao estiramento ou ruptura do LCL.
Sinais e Sintomas: Calor e edema na região lateral do joelho, dor à palpação da linha articular lateral do joelho, ADM pode não estar afetada, teste do estresse em varo positivo, diagnóstico confirmado com RNM ou artrografia com contraste. Raio-X normal, mas é necessário descartar avulsão ou lesão da placa epifisária. A imagem do estresse em varo pode mostrar aumento do espaço articular.
Lesão do LCA (Ligamento Cruzado Anterior)
Mecanismo: Lesão resultante de entorse durante mudança de direção, desaceleração em valgo e rotação lateral, hiperflexão do joelho com o tornozelo em flexão plantar, hiperextensão do joelho.
Sinais e Sintomas: Estalido audível com inchaço imediato (menos de 2 horas), dor intensa na tíbia posterior lateral e instável na posição ortostática. Testes de Gaveta Anterior, Lachman e Pivot Shift positivos. KT 1.000/2.000 deslocamento anterior maior que 5 mm, Raio-X normal (exceto em casos de avulsão), RNM é o exame de escolha para realizar o diagnóstico, artrocentese hemorrágica.
Lesão do LCP (Ligamento Cruzado Posterior)
Mecanismo: Lesão resultante de trauma contra o painel do carro na face anterior da perna com o joelho fletido a 90° ou queda sobre o joelho com o pé em flexão plantar.
Sinais e Sintomas: Edema mínimo, equimose pode aparecer após dias, dor na fossa poplítea e ao se ajoelhar. O paciente pode ser capaz de continuar a praticar esportes. Testes de gaveta posterior, Lachman posterior e Godfrey positivos. Raio-X normal (exceto em casos de avulsão). RNM é o exame de escolha para realizar o diagnóstico, artrocentese hemorrágica.
Ruptura do Menisco
Mecanismo: Lesão resultante de forças rotatórias quando na posição ortostática ou hiperextensão do joelho, rotação tibial lateral/femoral medial lesa o menisco medial, rotação tibial medial/ femoral lateral lesa o menisco lateral.
Tipos comuns de rupturas:
Crianças = lesão longitudinal e periférica;
Adolescentes = lesão em alça de balde.
Sinais e Sintomas: Teste do estresse em varo e valgo negativos, dor ao final da ADM de flexão e extensão do joelho e em posição ortostática, inchaço gradual em 1 a 3 dias, equimose, dor na interlinha articular. Testes de McMurray e Apley positivos e a porção anterior trava em extensão, a posterior em flexão, a medial em flexão de 10° a 30°, a lateral em flexão superior a 70°. Raio-X pode descartar fratura, tumor, fragmentos ósseos soltos. RNM pode revelar pseudorruptura. O diagnóstico é confirmado com artrografia com contraste.
Doença Articular Degenerativa (Artrose)
Mecanismo: Resultante do envelhecimento, alteração da biomecânica, seqüela de trauma ou patologia articular, trauma repetitivo.
Sinais e Sintomas: Crepitação na linha articular, redução da extensão terminal do joelho secundária ao edema (atrofia do quadríceps femoral), redução do tempo de parada na marcha. Fenômeno de “gelificação”: aumento da viscosidade do fluido sinovial secundário à inflamação. Dor no joelho ântero-medial e rigidez com a imobilização. Raio-X revela estreitamento do espaço articular, esporões e osteófitos.
Patologias – Ombro
Fratura de Clavícula
Mecanismo: Resultante de uma queda sobre o ombro ou impacto direto na clavícula.
Sinais e Sintomas: Incapacidade de elevar o braço, deformidade à inspeção visual e dor à palpação. Diagnóstico confirmado com Raio-X.
Distensão Acromioclavicular
Mecanismo: Pode resultar de uma queda sobre o acrômio ou sobre a mão estendida. Conheça os graus de distensão acromioclavicular.
Escala de distensão acromioclavicular (Graus)
Espaço articular acromioclavicular deve ser entre 0,3 e 0,8 cm. A distância da porção inferior da clavícula ao processo coracóide deve ser entre 1,0 e 1,5 cm.
Lesão de 1° grau: Espaço acromioclavicular > 0,8 cm. Dor na adução horizontal e elevação. Teste da compressão acromioclavicular positivo.
Lesão de 2° grau: Espaço acromioclavicular 1,0 e 1,5 cm. Distância coracoclavicular aumentada em 25 e 50%.
Lesão de 3° grau: Espaço acromioclavicular > 50 %. Distância coracoclavicular aumentada > 50 %, com deformidade em degrau.
Sinais e Sintomas: Dor e crepitação na palpação e deformidade à inspeção visual, testes de adução cruzada anterior ao corpo, O’Brien, compressão acromioclavicular, sinal do sulco e tração acromioclavicular positivos. Diagnóstico confirmado com Raio-X bilateral A/P em rotação lateral, com e sem carga de 5,0 a 7,0 quilos (Raio-X de estresse), necessário descartar impacto.
Luxação Glenoumeral
Mecanismo: A luxação anterior é a mais comum (90%), o mecanismo é a queda sobre a mão estendida.
Sinais e Sintomas: Acrômio proeminente, silhueta do ombro achatada, cabeça do úmero proeminente. Postura: ombro em rotação medial e levemente aduzido, cotovelo em flexão, antebraço em pronação e membro superior sustentado pelo membro contralateral. Dor aguda, em punhalada, contratura muscular, a cabeça do úmero é palpável anteriormente ou posteriormente na axila; testes de apreensão e sinal do sulco positivos. Raio-X: lesão de Hills-Sachs pode ser visível na incidência A/P com o membro superior em rotação lateral. A lesão de Bankart é visível na incidência de Garth (apical oblíqua) e é necessário descartar fratura do colo do úmero em idosos.
Tendinite Bicipital
Mecanismo: Irritação crônica resultante de trauma ou movimentos inadequados. A cabeça anteriorizada contribui para o ritmo escapuloumeral anormal.
Sinais e Sintomas: A dor aumenta a noite. Dor na palpação localizada no tendão do bíceps a 10° de rotação medial (posiciona o tendão anteriormente e aproximadamente 6 cm abaixo do acrômio). A elevação ativa resulta em um arco doloroso, crepitação, testes de Speed positivo, Yergason negativo para estalo, mas doloroso. Raio-X incidência sobre o sulco bicipital revela o ângulo da parede medial, esporões e alterações degenerativas. Incidência caudal revela esporões, frequentemente associada com impacto e lesão do manguito rotador.
Patologias – Punho e Mão
Fratura de Colles ou Smith
Mecanismo: Fratura radial distal secundária a queda sobre a mão estendida com extensão extrema do punho. É comum em adultos acima de 50 anos e em crianças. Fratura em galho verde ou na placa de crescimento epifisário.
Sinais e Sintomas: Dor na palpação na tabaqueira anatômica, edema e equimose, deformidade estrutural com ADM limitada. Diagnóstico confirmado por Raio-X PA, oblíquo e lateral (fratura de Colles: ângulo dorsal dos fragmentos distais, fratura de Smith: ângulo palmar dos fragmentos distais).
Contratura de Dupuytren
Mecanismo: Contratura em flexão com espessamento da fáscia palmar do 4° e 5° dedos, etiologia desconhecida (se associada a diabetes mellitus, pode envolver o 3° e 4° dedos), epilepsia, e história familiar positiva; mais comum em homens acima de 40 anos.
Sinais e Sintomas: Nódulo na aponeurose palmar no lado ulnar e encurtamento do ligamento natatório. Geralmente não há dor, mas as articulações metacarpofalangeanas são incapazes de se estender, pode recorrer semanas ou anos depois, diagnóstico confirmado por RNM ou TC.
Ruptura Tendínea
Mecanismo: Resultante de trauma.
Sinais e Sintomas: Edema e dor na palpação são específicos para o tendão, incapacidade de mover ativamente uma articulação, extensor longo do polegar: sem extensão da interfalangeana do polegar (dedo em martelo), flexor longo do polegar: sem flexão da interfalangeana do polegar extensor dos dedos: sem extensão isolada dos dedos (dedo em martelo), flexor profundo dos dedos: sem flexão das interfalangeanas distais (Jersey finger), flexor superficial dos dedos: sem flexão das interfalangeanas proximais. Diagnóstico confirmado por RNM ou TC e é necessário descartar fratura ou avulsão.
Patologias – Quadril
Síndrome do Piriforme
Mecanismo: Resultante de contratura muscular, trauma e posição sentada prolongada, mais comumente devido a forças compressivas repetidas ou pode resultar de uma mudança ou aumento no nível de atividade física, mais incidente em mulheres.
Sinais e Sintomas: Dor na palpação do piriforme, dor nas costas e glúteo ipsilateral, dor referida no membro inferior, dor nos glúteos, a dor aumenta na posição sentada e à deambulação e diminui na posição supina. Dor com extensão do quadril contra resistência e rotação medial passiva com adução, dor e fraqueza na abdução contra resistência e rotação externa da coxa, dor ao estiramento em flexão do quadril, adução e rotação interna. Raio-X normal, necessário descartar fratura de estresse e distensão. RNM para descartar patologias da medula espinal (lesão de raízes sensitivas, estenose do canal medular, disfunção sacroilíaca e hérnia de disco).
Lesão do labrum acetabular
Mecanismo: Dano à fibrocartilagem por degeneração ou aplicação de uma força rotatória externa ao quadril em hiperextensão e rotação lateral.
Sinais e Sintomas: Dor dependente da posição que não alivia com o repouso, dor aguda no quadril e região inguinal com a rotação em adução, redução da ADM do quadril, travamento, testes Scour e Labral (anterior ou posterior) positivo, pesquisar osteoma osteóide e câncer testicular em homens, patologias da banda iliotibial e do psoas devem ser descartadas. RNM com contraste é o melhor teste diagnóstico (frequentemente inconclusivo).
Fratura de estresse do colo femoral
Mecanismo: Início gradual com história prévia de tarefas pesadas. Atenção para distúrbios alimentares, amenorréia e osteoporose.
Sinais e Sintomas: Dor inguinal com atividades físicas, dor à palpação do trocânter maior do fêmur, teste de Faber positivo. Pode precisar de TC ou RNM se o Raio-X for inconclusivo. Necessário descartar bursite trocantérica e osteoma osteóide.
Patologias – Tornozelo e pé
Hálux Valgo (Joanete)
Mecanismo: Artrite Reumatóide, calçados inadequados, pés planos.
Sinais e Sintomas: Dor, edema, hálux valgo > 15°. Hálux e segundo artelho em martelo. Raio-X é útil e é necessário descartar Artrite Reumatóide.
Fasceíte Plantar
Mecanismo: A fáscia plantar é uma estrutura contínua com o músculo gastrocnêmio sujeita a inflamação secundária a estresse repetitivo, causada por calçados inadequados, superfícies duras, aumento da pronação e obesidade.
Sinais e Sintomas: Dor matinal que diminui com a atividade, nódulos são palpáveis sobre a borda medial proximal da fáscia plantar, dor à dorsiflexão e extensão dos dedos, diminuição da dorsiflexão devido a encurtamento do gastrocnêmio, fraqueza dos músculos intrínsecos do pé, sensibilidade e reflexos normais, eletroneuromiografia normal, Raio-X pode revelar esporão de calcâneo, mas não há correlação entre um esporão ósseo e a dor da fasceíte plantar.
Tendinite Fibular
Mecanismo: Estruturalmente há três reparos anatômicos por onde o tendão passa em ângulo agudo que podem resultar em irritação e diminuição da vascularização secundários a trauma, estiramento de inversão ou contusão direta.
Sinais e Sintomas: Subluxação do tendão: pinçamento na eversão em dorsiflexão; a subluxação é a mais comum em atletas jovens, secundária a dorsiflexão forçada do pé invertido com contração dos fibulares. Edema e equimose na região inferior do maléolo lateral. Um Raio-X pode revelar avulsão do retináculo lateral.
Síndrome de Sever (apofisite do calcâneo)
Mecanismo: Ocorre na faixa etária entre 8 a 16 anos, mais prevalente em mulheres que homens pelo rápido crescimento, com estresse sobre as epífises durante saltos ou eventos de atletismo. Pode ser bilateral.
Sinais e Sintomas: Dor nos calcanhares, dor à palpação com a compressão mediolateral do calcâneo; diminuição da dorsiflexão devido à dor; dor ao subir escadas. Raio-X pode não ser útil. Responde bem a elevação do calcanhar (a melhora pode demorar meses).
Tendinite de Calcâneo (Aquiles)
Mecanismo: Há uma zona de vascularização terminal 4,5 cm acima da inserção do tendão, que é vulnerável a isquemia secundária a corridas em ladeiras (aclive = estiramento e declive = estresse excêntrico), calçados inadequados, pronação excessiva (aumento das forças rotacionais), ocorre predominantemente em homens de 30 a 50 anos.
Sinais e Sintomas: Dor na palpação 2 a 6 cm proximal a inserção do tendão do calcâneo, rigidez matinal, marcha antálgica, dor ao subir escadas, espessamento do tendão e crepitação durante ADM ativa (sensação de couro molhado), nódulo de Aquiles palpável, (exostose retrocalcânea), diminuição da dorsiflexão do tornozelo com joelho estendido, RNM para descartar defeito do tendão e TVP.
Ruptura do Tendão do Calcâneo (Aquiles)
Mecanismo: Em pessoas menores de 30 anos, a lesão é secundária a trauma direto do gastrocnêmio ou contração forçada; em maiores de 30 anos a lesão é secundária a degeneração (incidência mais alta em indivíduos com sangue tipo O).
Sinais e Sintomas: Estalo associado à lesão, fenda palpável no tendão (sinal de Hatchet) se examinado precocemente, impossibilidade de andar na ponta dos pés, edema (dentro de 1 a 2 horas) e equimose, teste de Thompson positivo. RNM confirma o diagnóstico.
Distensão Sindesmótica
Mecanismo: Lesão do ligamento tíbio-fibular inferior anterior e/ou posterior secundária a hiperdorsiflexão ou eversão.
Sinais e Sintomas: Testes de compressão e teste da rotação lateral positivos, dor e edema sobre os ligamentos e membrana interóssea. O Raio-X oblíquo pode mostrar alargamento anormal do espaço articular. Tempo de recuperação: 5 + (0,97 x cm a partir da articulação do tornozelo, onde o teste de compressão é positivo) de aproximadamente três dias.
Estiramento lateral
Mecanismo: Lesão dos ligamentos talofibular anterior e talofibular posterior, secundária a inversão com flexão plantar. Veja os graus abaixo.
Sinais e Sintomas: Rica vascularização: edema significativo dentro de duas horas, dor na palpação sobre os ligamentos afetados, equimose que drena em sentido distal, testes de inclinação talar e gaveta anterior (presença de um rebaixamento logo abaixo do maléolo lateral) positivos. O Raio-X não mostra fratura, mas Raio-X sob estresse pode mostrar aumento do espaço articular. Artrografia é precisa apenas dentro de 24 horas.
Graus de Entorse do Tornozelo
1° Grau: Ausência de hemorragia, edema mínimo, ponto de sensibilidade, sem frouxidão em varo/gaveta anterior/inclinação talar, quase não manca ou não manca, dificuldade de saltar. Recuperação de 2 a 10 dias.
2° Grau: Algum grau de hemorragia, edema localizado (diminuição da definição do tendão de Aquiles), testes de gaveta anterior e inclinação talar positivos, sem frouxidão em varo, manca, incapacidade de ficar na ponta dos pés, saltar ou correr. Recuperação de 10 a 30 dias.
3° Grau: Edema difuso (sem definição do tendão de Aquiles), sensibilidade medial e lateral, testes de gaveta anterior, inclinação talar e varo positivos, incapacidade de apoiar o peso sobre o membro afetado. Recuperação de 30 a 90 dias.